Intercessão em favor de mulheres vítimas de violência
Porto Alegre, 18 de fevereiro de 2013
Caras irmãs e caros irmãos em Cristo!
Em meados de dezembro do ano passado o mundo soube da violência brutal
cometida na Índia por um grupo de homens contra uma jovem de 23 anos. Essa
jovem estudante acabou falecendo. A violência brutal anda solta também no
Brasil. Diariamente número expressivo de pessoas sofre violência em nosso país.
Entre essas pessoas também estão mulheres de todas as idades. Meninas e jovens
são violentadas. Mulheres são agredidas. O tráfico de mulheres é algo
horroroso. Há mulheres idosas aposentadas que têm sua aposentadoria desviada
por familiares e elas próprias passam fome. Tudo isso não é novidade para nós.
Por que, então, abordamos o assunto?
Por causa da violência brutal cometida contra a jovem na Índia, o P.
Martim Junge, Secretário Geral da Federação Luterana Mundial, escreveu uma
carta para as Igrejas Luteranas que são membros dessa federação. E dessa carta
nós destacamos um ponto. Conforme o P. Junge, "o que é diferente no caso
dessa jovem indiana é a forma como a sociedade da Índia quebrou o silêncio e
expressou sua visão muito clara de que a violência não pode ser tolerada e que
essas coisas definitivamente devem ser transformadas". E o P. Junge
continua: "Por parte da FLM nós louvamos a Deus por essa reação, pois é
uma atitude que contrasta com a postura de negação e de silêncio que tantas
vezes prevalece nesses casos". Sublinhemos as palavras do P. Junge: “a
violência não pode ser tolerada e essas coisas definitivamente devem ser transformadas”.
Diante de qualquer ato de violência cabe-nos não reagir com violência,
mas também não podemos acobertar a violência ou silenciar diante dela. A
violência deve ser denunciada. O P. Junge diz ao final da sua carta: "O
silêncio diante da violência precisa ser quebrado, a conscientização precisa
crescer, lideranças precisam ser educadas e políticas precisam ser
desenvolvidas". Por tudo isso, a Presidência da IECLB convida suas
comunidades a assumirem sua parcela de responsabilidade em relação à superação
de todas as formas de violência. Consideramos que o tempo da Quaresma, a
celebração do Dia Mundial de Oração (1ª. sexta-feira de março) e a memória do
Dia Internacional da Mulher, 8 de março, são período oportuno para alertar
sobre todas as formas de violência contra as mulheres. Uma oportunidade para
promover essa reflexão e para estimular atitudes em defesa das mulheres pode
ser a intercessão comunitária, para a qual oferecemos uma sugestão:
“Deus, tu que criaste mulheres e homens à tua imagem; que através de
Jesus Cristo mostraste e ensinaste o respeito e o amor para com as mulheres,
opondo-te a toda forma de violência, pedimos: ampara teus filhos e tuas filhas
vítimas da violência. Ampara especialmente as mulheres vítimas da violência.
Encoraja a elas e a nós para que atos de violência sejam denunciados. Faze das
nossas comunidades espaço de acolhida para as mulheres vítimas de violência, e
que sejam instrumentos da paz, da tua paz, da paz que Cristo nos deixou. Amém.”
Fraternalmente,
Nestor Paulo Friedrich
Pastor Presidente da IECLB
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